Homenagem Especial

MIGUEL DE CERVANTES SAAVEDRA - 400 anos

Nasceu na Espanha, em Alcalá de Henares, no ano de 1547. Filho de família humilde, escreveu seus primeiros sonetos em 1567. Dois anos depois foi para Roma, como camareiro de um Cardeal. Alistou-se e participou de diversos combates, sempre demonstrando grande coragem. Ao que tudo indica, sua obra-prima, Dom Quixote de la Mancha , começou a ser escrita quando Cervantes estava numa prisão de Sevilha. Em 1605, 400 anos atrás, foi editada a primeira parte daquela que é considerada uma das maiores obras-primas da literatura universal. Trata-se de uma novela de cavalaria, cujos personagens, Dom Quixote e Sancho Pança, ficaram imortalizados na figura do cavaleiro da triste figura e de seu leal escudeiro. A segunda parte de Dom Quixote foi editada em 1615, um ano antes da morte de Cervantes.

HANS CHRISTIAN ANDERSEN - 200 anos

O escritor dinamarquês Hans Christian Andersen nasceu em 1805 e teve uma infância pobre, mas acompanhada de muita criatividade, ao lado do pai, que encenava peças em pequenos teatros de papelão. Andersen foi bailarino, cantor e poeta, mas se destacou como escritor de contos de fadas. Publicou 156 contos conhecidos em muitos países, como o Patinho feio , O soldadinho de chumbo , A pequena sereia, A roupa nova do imperador, João e Maria e muitos outros. Estas histórias falam das relações entre o bem e o mal, o forte e o fraco, sensibilizando e encantando os leitores através dos tempos.

ERICO VERÍSSIMO - 100 anos

O escritor nasceu em 1905, em Cruz Alta , de uma família tradicional do Rio Grande do Sul. Uma inesperada ruína financeira obrigou o então jovem Erico a exercer a profissão de bancário e, mais tarde, a tornar-se sócio de uma farmácia. Em 1930, mudou-se para Porto Alegre e, dois anos depois, publicou alguns contos reunidos sob o título de Fantoches , na Revista do Globo. Desde então desenvolveu uma obra grandiosa, cujo centro é o mundo rural e urbano do Rio Grande do Sul. Figura entre suas obras mais conhecidas a trilogia O tempo e o vento, que conta a história de duas famílias, os Terra Cambará e os Amaral, atravessando dois séculos de vida perigosa. Os embates entre as várias gerações das duas famílias estão relacionados a conflitos sociais mais amplos: portugueses versus castelhanos nos tempos coloniais; farrapos versus imperiais durante as lutas separatistas; maragatos versus florianistas sob a Revolta da Armada, em 1893. As manifestações de orgulho, de ódio, de amor e de fidelidade das personagens assumem uma dimensão transindividual e fundem-se na história maior do povo gaúcho.